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Sônia Nemi

QUEM SOU EU?

Eu sou o que aprendi, vivenciei e o que faço das minhas relações.

Eu sou o que aprendi estudando e vivenciando; e eu aprendi que, o melhor caminho por onde viver a vida é através do autoconhecimento, pois alternando o olhar, dentro de mim mesma e fora (nas minhas relações), descubro quem sou, como posso ser melhor e como quem sou afeta o outro; e, se nesse passeio estou receptiva às reações das pessoas a minha volta, tanto na minha vida pessoal como na profissional, as minhas descobertas são muito mais transformadoras.

Eu sou o que vivenciei, sentindo e aprendendo; e é através das minhas dores, que compreendo que tudo passa, ainda que deixe marcas; e que, dependendo de como uso tais marcas, elas podem ser grandes referenciais para ajudar a sustentar minha transformação.

Eu sou o que faço das minhas relações, vivenciando e aprendendo; é que na rede de relacionamentos que me interconecta com as pessoas, eu contextualizo meus aprendizados e vivências e ponho em prática aquela em quem me transformo a cada dia. Quanto melhor consigo me sentir e continuar sentindo, independente do que acontece nas minhas relações, mais me sinto chegando ao horizonte do meu autodescobrimento.

Desde os primeiros passos do meu caminho na vida, ainda criança, percebi que, o modo como me comunicava (ou não me comunicava) interferia de volta na minha vida. Comunicação foi a ferramenta que busquei para minha vida profissional. Primeiro, como educadora, a muitos ensinei a se comunicar em inglês; eu percebia (e meus alunos diziam) que as aulas de comunicação pareciam terapia, pois eram enriquecidas por temas pessoais e reflexivos. Logo depois, quando me envolvi com as formações para me tornar terapeuta, mais uma vez comunicação era a ferramenta; como terapeuta clínica, a muitos tenho estimulado a se comunicar saudavelmente em seus relacionamentos. São inúmeras as colheitas que fiz ao longo do meu percurso para me tornar terapeuta; o primeiro passo me foi inspirado pela necessidade de aprender como educar meus filhos, uma vez que, separada, sentia pesada a responsabilidade de torná-los pessoas de bem; eu sentia muito medo de não ser capaz de interferir na vida deles adequadamente.

Meu querido amigo Roberto Santos me deu um grande empurrão quando me estimulou a conhecer a Análise Transacional. Didática como é a AT, pude enxergar rapidamente o quanto precisaria aprender. Fiz o curso 101 de Análise Transacional três vezes!! Quanto mais eu estudava e lia tudo que conseguia, tanto mais entendia que muito ainda teria a aprender. Não deu outra! Fiz o 202 (Jessé Accioly) e também o 303, é claro! Prossegui fazendo terapia, nessa mesma linha, vivenciando o que aprendia.

Mesmo fazendo a formação, não tinha intenção de ser terapeuta. Desde cedo percebia a importância de uma boa comunicação, nessa época então… A Análise Transacional já não era suficiente; descobri a PNL – Programação Neurolinguística! Durante um ano inteirinho fiz todas as maratonas que Gervásio e Graça Araujo ofereciam, faminta que estava para encontrar dentro de mim quem eu de fato era. Durante os trabalhos que participava, escrevia todos os meus insights para poder retomá-los a qualquer tempo!

Por conta da orientação da escola de meu filho caçula, acabei descobrindo o atendimento a família; Cira Lopes nos atendeu como pais, ainda que separados. É claro que a dificuldade do meu filho apenas denunciava pendências na nossa separação que, resolvidas, o liberou da tarefa de nos fazer enxergar que passávamos mensagens duplas que o confundiam. Com o efeito desse trabalho com Cira, após 3 sessões, fui atraída para o estudo sobre famílias. Fiz a formação em Sistêmica no Cefac (Centro de Estudos da Família e Casal, Salvador/BA), ainda acreditando que estava estudando apenas para ser uma melhor mãe.  Além de entender a dinâmica familiar, o que me encantava era que essa formação era focada especialmente em comunicação!

Por mais estranho que possa parecer, eu ainda me surpreendi quando, no estágio supervisionado, atendendo a primeira família, eu me dei conta que havia nascido para fazer aquilo! A partir de então, não mais estudava para melhor cuidar dos meus filhos e me tornar uma pessoa melhor. Eu assumi o meu papel e a minha missão de ser terapeuta! Imediatamente após finalizar a formação em Sistêmica, abri um consultório e comecei a atender. E, através da Sistêmica, pude começar a cuidar de diversas relações; relações de pais separados ou não, casais e famílias em sofrimentos gerados, basicamente, pela forma de comunicação por eles praticada e de pessoas que individualmente queriam cuidar do seus relacionamentos.

Uma vez escolhido este caminho, minha única opção era seguir em frente! E assim fiz. A partir de então, eu senti forte impulso para conhecer Freud e para isso estudei psicanálise apesar de não ter feito a formação completa. Eu já havia escolhido fazer formação em Terapia Corporal focada em Análise Bioenergética pelo CENR (Círculo de Estudos Neo Reichiano, Salvador/BA). Que conhecimento maravilhoso de se ter, tanto para autoconhecimento como para atuação profissional! Fantástica a percepção que Lowen teve e a forma como ele foi capaz de organizar as diversas dinâmicas do funcionamento humano, também a partir do corpo. E por ai eu seguia aprendendo a melhor cuidar dos meus clientes e descobrindo quem eu era lá dentro de mim, uma vez que a cada formação eu também fazia terapia naquela abordagem!

Como educadora fiz palestras e treinamentos voltados para desenvolvimento pessoal desde 1989; durante alguns anos exercici os dois papéis, mas em 1995, deixei de ensinar inglês para atuar apenas como terapeuta clínica, cuidando de pessoas individualmente, de pais, de casais, de famílias e de grupos, em Salvador, atendendo inclusive em inglês.

Leal aos meus conteúdos, antes de me afastar do meu papel de educadora, desejei passar adiante a síntese desses papéis de educadora e terapeuta, através da Educação Transformadora que implica o educador a SER. Pode ser que tal formação volte à tona e de fato dê muitos frutos, no entanto, apenas uma turma vingou que foi o projeto piloto apoiado pela Bahiatursa. Ainda assim tive a honra de ser convidada para apresentar este projeto no XII Congresso Internacional de Terapia Familiar – IFTA, Oslo, Noruega em 2000.

Neste mesmo ano, revendo meus cadernos de anotações sobre insights, fiquei muito emocionada ao re-ler o que havia decidido em um das maratonas que fizera em 1985: “Em dez anos estarei ajudando pessoas a se comunicarem de forma saudável, para serem mais felizes.” É que já haviam passado 15 anos e eu já estava atendendo casais, cuidando da forma como eles se comunicavam, há 5 anos! Uma decisão tomada a partir de um insight é viva!

O conhecimento do inglês, não mais como professora, me favorecia aprofundar mais ainda meu aprendizado do papel de terapeuta. Assumi meu trabalho de tradutora de eventos terapêuticos que havia iniciado traduzindo Jaques Schiff, trazida por Gervásio Araújo, em uma maratona que ela conduziu sobre Análise Transacional aqui em Salvador. Tive a oportunidade de traduzir em cursos, seminários, congressos e especialmente laboratórios terapêuticos inúmeros professores das formações que fiz, tais como: Leo Carlino, Ron Robbins e Jim Miller em Análise Bioenergética, Tom Anderson, Arild Aamboe, Luigi Boscolo, Gianfranco Ceccin, Yoel Elizur e Florence Kaslow em Sistêmica e Frank Gallenmuller, Lorenz e Marlies Wiest do International Bert Hellinger Association, em Constelações Familiares.

No entanto, acho fantástico perceber que continuo exercendo os dois papéis: professora e terapeuta, a cada nova turma do meu curso Educação Relacional que tem encantado alunos desde 1991; ensino-os não a falar inglês, mas a se comunicar na língua materna nas suas relações. Acho muito bom ver meus alunos voltarem para mais uma vez participar do meu curso, interessados em reciclar o conteúdo e receber a devolução individual final, que é um significativo projeto para mudanças.

Fazer a formação em Constelações Familiares é algo simplesmente transformador; esta é uma abordagem sistêmica e fenomenológica, mágica e encantadora, que mina a racionalidade de qualquer pessoa, flexibilizando sua rigidez; esta abordagem tem oportunizado meus clientes e a mim mesma, mudanças significativas.

Mas não pude parar por ai. Eu chamava a mim mesma de estudante-profissional! Rs

Como no curso Educação Relacional sempre utilizei uma estratégia criada por mim que depois entendi que era equivalente a Hipnoterapia, resolvi formalizar tal conhecimento e fiz a formação em Terapia Erickisoniana com Sofia Bauer (Centro de Estudos de Hipnoterapia, Belo Horizonte/MG). Foi algo surpreendente constatar que o conhecimento é universal e está a nossa disposição, quando nos abrimos a acessá-lo, como disse Jung em relação ao inconsciente coletivo. Foi impressionante dar forma científica ao que eu já fazia intuitivamente. Melhor ainda, foi mais uma vez estudar psicopatologia através desta formação, com a grande psiquiatra que Sofia é.

Não consigo me imaginar sem estudar. No entanto, quando comecei a cursar a nova formação em 2009, tive a impressão que havia chegado em casa e que não faria nenhuma outra. É preenchedor estar totalmente envolvida, corpo, alma e mente, com o estudo e a prática do S.E. Experiência Somática / Somatic Experience para Tratamento do Trauma (Foundation for Human Enrichment, com sede em Boulder, Colorado – EUA). Ter aulas com professores como Liana Netto, Sonia Gomes, Lael Keen e com o próprio Peter Levine é um privilégio para qualquer aluno.

A formação e a prática do S.E. é tão apaixonante que o que mais desejo é saber mais profundamente tudo que o seu criador, Peter Levine, concebeu; ou seja, parar de estudar? Jamais! Muito pelo contrário, estudar mais profundamente tudo de novo, agora com o olhar do S.E.; tenho estudado muito sobre o funcionamento do corpo humano: anatomia, cérebro, sistema nervoso, mas quero, acima de tudo, ser capaz de ajudar um cliente a retirar um trauma da sua lista de traumas, em uma única sessão. Isso é fascinante!

Ainda por conta da minha história eu olhava tudo que aprendia atravez da Comunicação e isso implicou em observar os padrões que Virginia Satir descrevia; como mágica criei uma nova abordagem para ensinar meus clientes e alunos a pararem com os jogos que destruiam suas relações. Dessa forma, diferente do meu e-book onde eu compilei informações de vários autores, em 2022 lancei meu segundo livro, Chega de Brigas – aprenda de forma leve e prática comos e relacionar, onde ensino detalhadamente a abordagem que concebi de como se libertar dos jogos relacionais. Este livro é vendido informalmente no Brasil e em Portugal (onde hoje resido); os depoimentos que recebo fazem ter valido a pena todo o tempo de pesquisa e elaboração do livro!!

Meu caminho continua, uma vez que acredito e digo sempre que o crescimento é uma eterna chegada ao horizonte.

Pois é. Essa sou eu. Mãe de 3 filhos adultos e pessoas do bem, atualmente avó de 4 netos e 1 neta, interessada em me conhecer cada vez mais, em cuidar dos meus relacionamentos e em ser coerente com o que prego.